Gênero e sexualidade ainda são temas sensíveis em diversos campos da sociedade. O mesmo ocorre na psicologia. Mesmo com estudos embasados, lançados há décadas passadas, ainda há diversas dúvidas de como o tema pode ser retratado.
De qualquer forma,
os profissionais psicólogos capacitados sabem que deve ocorrer, acima de tudo, respeito aos seus pacientes. Esses, podem se identificar com orientações sexuais e de gêneros distintos; ou até mesmo gênero não-binário, quando indivíduo não se identifica como homem ou mulher.
Para deixar claro, logo no início do texto, é preciso pontuar o que é orientação sexual e identidade de gênero:
Um não depende do outro e não são a mesma coisa. Ou seja, um homem cis (que nasceu com um pênis e se reconhece no masculino) pode ser gay. Da mesma forma que uma mulher trans (que nasceu com um pênis, mas se reconhece no feminino) pode ser bissexual. E por aí vai.
Quer entender um pouco mais sobre este assunto? Continue a leitura e confira o artigo especial preparado pela
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Quando a psicologia começou a ser embasada, o gênero era considerado “imutável”. Ou seja, se um indivíduo nascia com uma vagina, “seria mulher”. Caso nascesse com um pênis, “seria homem” pelo resto da vida.
Se recorrermos à história, na época de Freud, em relação à orientação sexual e de gênero, tudo era mais rígido em estreita consonância com a moral sexual: sexo, gênero, desejo e orientação sexual eram entendidos como características ‘naturais’ dos indivíduos.
Dessa forma, poderia entender, que a tendência para os psicólogos e psicanalistas da época, todos deveríamos assumir o papel de um gênero, todos deveríamos ter desejo sexual, além de assumir uma orientação sexual heterogênea.
Em um estudo de 1908, Freud existiria uma classificação segundo o gênero, que se daria antes da percepção da anatomia. Assim, o gênero viria primeiro, embora seja o sexo que o determine. É a partir da percepção anatômica que o gênero é atribuído ao recém-nascido.
Para a psicologia, hoje as questões de gênero e sexualidade são subjetivas. Em outras palavras, elas podem ser muito bem definidas para certos indivíduos, e completamente indefinidas para outros.
Judith Butler, no seu estudo
Problemas de gênero - feminismo e subversão de identidade, de 2003 questiona:
Em que momento se dá a construção de gênero? Sobre o que se alicerça essa construção? É dela, inclusive, a famosa frase: “A gente não nasce mulher, torna-se mulher”.
Por fim, Butler acredita que não há relações de coerência e continuidade entre sexo, gênero, prática sexual e desejo. Ou seja,
tudo é fluido.
Muitos foram os
movimentos
que fizeram com que essa percepção sobre gênero e sexualidade sofresse uma alteração no mundo da psicologia. Alguns memoráveis são:
Por mais que nos dias atuais a conversa sobre gênero e sexualidade seja bem mais ampla, não podemos negar o preconceito eminente na nossa sociedade. Essa pressão faz com que muitos fiquem “dentro do armário”. Impedindo de viver plenamente sua orientação sexual ou gênero que se identifica.
No entanto,
a psicologia pode auxiliar em todo esse processo. Inclusive, existem muitos profissionais que são voltados para essa temática. Durante as sessões de terapia,
os temas são abordados de forma respeitosa e receptiva, deixando aberto para o paciente demonstrar como se sente.
Muitos desses, inclusive, percebem características sexuais após iniciarem o processo de terapia. Como dito antes,
o nosso corpo e pensar é muito fluido e subjetivo. Enquanto para alguns é fácil identificar sua orientação sexual e gênero, para outros é necessário anos.
E em ambas as partes, o profissional psicólogo entende as dores e processos dos seus pacientes.
É conduta ética importante à prática da psicologia o respeito à diversidade sexual e de gênero. Portanto, não tenha medo de falar com um profissional sobre esses assuntos.
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