A gravidez é um momento muito esperado e especial para algumas grávidas, afinal, uma nova vida está sendo gerada no próprio útero. No entanto, pode ser uma montanha russa de sentimentos para outras mamãe, ocasionando traumas e consequências. Hoje, vamos falar um pouco mais da depressão pós-parto (DDP).
Acredite, essa depressão ocorre mais do que se imagina. De acordo com uma pesquisa realizada por Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz (RJ), mais de 25% das mães brasileiras têm sinais de DPP, ou seja, 1 em cada 4 grávidas.
Quer descobrir um pouco sobre as causas, consequências e tratamentos da depressão pós-parto? Basta seguir com a leitura!
A depressão pós-parto ocorre logo após o nascimento do bebê. Os sintomas podem incluir tristeza profunda, extremo cansaço e desesperança. Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto.
Elas acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto.
Acreditava-se que somente as mães sofriam desse mal, no entanto, novos estudos mostram que elas também podem afetar os pais.
Não existe um tempo máximo para que a depressão pós-parto tenha fim, seus sintomas podem permanecer por anos ou até mesmo pelo resto da vida. É possível que a mulher não forme laços afetivos com o bebê. Assim, a criança pode ter problemas emocionais, sociais e cognitivos mais tarde.
Os fatores de risco podem envolver:
Também conhecido como Tristeza puerperal, tristeza pós-parto ou disforia puerperal, o baby blues é uma condição emocional que pode afetar até 90% das mães após o parto. Normalmente, ocorre após os três primeiros dias de nascimento do bebê.
A principal causa é a nova pressão social que a mãe recebe, o que afeta, diretamente, o emocional dessas mulheres. Os principais sintomas são: instabilidade hormonal, episódios de choro, tristeza súbita, introversão, irritabilidade e cansaço.
O que diferencia a DDP do baby blues é que essa segunda condição costuma desaparecer após 1 mês do nascimento da criança, quando a mãe já entende a sua nova rotina.
Confira abaixo os principais sintomas da depressão pós-parto:
Os sintomas menos comuns incluem: fadiga extrema, problemas de sono (excesso ou falta), dores de cabeça e dores no corpo, perda de interesse por sexo e outras atividades, ansiedade ou ataques de pânico, perda ou excesso de apetite, dificuldade de realizar as atividades diárias, falta de interesse ou preocupações infundadas sobre o bebê, sentimentos de inadequação ou desamparo, culpa sobre ter esses sentimentos, medo de machucar o bebê, ideação suicida.
Os sintomas citados acima devem ser percebidos por quem está acompanhando toda essa fase da nova mamãe. A própria pode notar diferenças comportamentais e solicitar ajuda médica.
O diagnóstico final só pode ser prescrito por psicólogos ou por ginecologistas. Esses profissionais analisarão com detalhes a saúde emocional da mulher, indicando se trata de um baby blues ou depressão pós-parto.
Após o diagnóstico, o tratamento depende do grau do problema e pode incluir ou não o uso de medicamentos.
Nos casos de grau mais leve é tratado com um psicólogo utilizando-se da terapia, em casos mais avançados é necessário passar também por um psiquiatra para incluir tratamentos medicamentosos.
É fundamental que a depressão pós-parto seja tratada nos primeiros estágios para que o vínculo da mãe com o bebê não seja prejudicado - o que poderá acarretar em complicações emocionais futuras para ambos.
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